A Europa vai ter um novo tratado. Mas o risco de prolongar a crise institucional da Europa não está totalmente ultrapassado.
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Estão de parabéns os líderes políticos dos países membros da UE, o Governo português e a Comissão Europeia. A Europa vai ter um novo tratado. Mas o risco de prolongar a crise institucional da Europa não está totalmente ultrapassado. Nem está garantido o caminho para a inversão do declínio da Europa.O debate político focaliza-se, agora, na forma de consulta nacional. Atente-se, porém, num recente comentário do director de Estudos do Royal United Services Institute for Defense Studies de Londres, Jonathan Eyal, publicado no “Straits Times” de Singapura: enquanto se discutem as instituições europeias, relegam-se para segundo plano “as questões que verdadeiramente interessam, nomeadamente a situação económica do continente”. A UE representava 27% do PIB mundial quando foi criada. Hoje não vai além dos 18%, com tendência para diminuir. Há cinquenta anos as quatro principais nações europeias controlavam um quinto da riqueza mundial. Hoje não ultrapassam os 13% e já foram ultrapassadas pela China.
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É na Ásia que a Europa deverá encontrar a fonte de sustentabilidade, compensando deste modo as fragilidades da economia americana. A Europa deve poder e ser capaz de tirar partido das enormes oportunidades que ali emergem, nomeadamente ao nível do crescimento da procura interna de bens, serviços e capital. Prioridades devem ser a China e a Índia mas também o Sudeste Asiático. A dimensão dos mercados e o seu potencial de crescimento, para além doutros factores, oferecem oportunidades de negócio difíceis de igualar. Existem, actualmente, na China meio milhão de empresas oriundas de 170 países. Entre os associados do US-China Business Council, 81% referiram que as suas empresas na China eram lucrativas. As trocas comerciais entre a China e a UE excederam, em 2006, os 250 mil milhões de euros.
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Amizades à parte, os EUA são os principais concorrentes da Europa na Ásia. Os países membros da UE precisam de actuar de forma mais concertada. A Europa precisa de novas iniciativas que, nos mais importantes países asiáticos, ajudem as empresas a alcançarem os seus objectivos estratégicos em áreas funcionais específicas. Na China, redes europeias público-privadas de consultadoria devem poder oferecer às empresas da UE apoio na selecção da estratégia de entrada, ao nível das operações de produção, do ‘marketing’, da gestão financeira, da gestão de recursos humanos, da negociação, da gestão de alianças, da protecção da propriedade intelectual e da prática do ‘guanxi’.
Mais de 1.800 programas de investigação chineses estão abertos à participação europeia através dum acordo firmado entre a UE e a China. A sua gestão passa pelas universidades chinesas, mas também pelas comissões de ciência e tecnologia existentes em cada uma das regiões e nas principais cidades da China. É claro que se deve aprofundar esta colaboração ao nível científico e tecnológico com a China.
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Nota: Não foi a primeira mostra de produtos portugueses em Singapura. Mas foi, sem dúvida, a mais digna e diferenciada presença de Portugal na República. De 25 a 27 de Outubro, teve lugar na Singapore EXPO a Wine for Ásia 2007. Lideradas pela AEP, e com o apoio da AICEP, seis empresas (Vallegre, Saven, Quinta da Aveleda, Joopy, Herdade da Calada, e F. Trigueiros) representaram mais de vinte produtores portugueses. Cerca de vinte medalhas de ouro, prata e bronze foram atribuídas aos vinhos portugueses pelo júri do ‘Wine Style Asia Award 2007’ presidido por John Chua, além das muitas menções honrosas. O Pavilhão de Portugal, concebido e executado por uma das mais prestigiadas empresas asiáticas, ombreou em impacto visual e qualidade com os pavilhões da Austrália, França, Espanha e Nova Zelândia. Uma vez mais, Singapura provou ser uma ‘trade hub’, tantos foram os importadores e distribuidores da China, Taiwan, Hong Kong, Macau, Coreia, Vietname, Tailândia, Malásia, Indonésia e Índia que encetaram conversações com as representações portuguesas. Fazendo jus aos elevados padrões de Singapura, a ‘Wine for Asia 2007’ foi considerada pelos expositores portugueses como tendo a melhor organização de todas as Feiras de Vinhos em que até hoje participaram, incluindo as europeias.
27 DEZEMBRO - 700:"MUITÍSSIMO BEM"?
15 years ago
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