Wednesday, October 29, 2008

29-10-2008 Proacção e "Governance"

À cegueira comunista veio a suceder a cegueira capitalista incapaz de manter um olhar atento sobre os seus resultados e consequências.
A actual crise financeira e económica ilustra como os sistemas de crenças determinam bem mais as decisões humanas do que a pura racionalidade. A crença no ‘laissez faire’ não pode admitir que não há apenas uma mão invisível em acção mas muitos tipos de mãos invisíveis.
À cegueira comunista veio a suceder a cegueira capitalista incapaz de manter um olhar atento sobre os diferentes níveis da decisão financeira, sobre os seus resultados e sobre as suas consequências. Ideologia a induzir o fecho prematuro do campo de análise e de intervenção, dando lugar a um simplismo analítico onde nem todas as unidades de análise relevantes foram seleccionadas para serem acompanhadas e para serem devidamente reguladas na actual fase da globalização.
Tal como os comportamentos económicos e financeiros em contexto comunista se não puderam explicar apenas pela pretensa racionalidade do planeamento central também agora não os podemos explicar com base na pretensa racionalidade estratégica e operacional da firma. Porque os actores em jogo não são apenas organizacionais mas são pequenos grupos, elites, líderes empresariais, gestores cujos interesses e racionalidade podem conflituar, de facto, com os interesses do conjunto dos ‘stakeholders’.
E, por isso, para além duma crise financeira, e agora também económica, o que o Mundo enfrenta é uma crise de ‘governance’ a múltiplos níveis.
Entendam-se as raízes ideológicas e comportamentais da crise do ‘subprime’ e da actual crise económico-financeira e construa-se um novo sistema de prevenção, monitorização e gestão dos sistemas financeiros a nível global, em vez de simplesmente se acusarem os que a propiciaram, como Phil Gramm, o senador que promoveu as leis Gramm-Leach Biley Act de 1999 e o Commodity Futures Modernisation Act de 2000 que enfranqueceram a regulação financeira e tornaram possíveis os empréstimos irresponsáveis e a falta de supervisão do crédito hipotecário, ou Alan Greenspan, ex-’chairman’ da Reserva Federal americana, cuja fé na autoregulação dos mercados contribuiu para rejeitar uma maior regulação de produtos financeiros complexos, ou Cristopher Cox, ‘chairman’ da Securities and Exchange Commission, a quem competia supervisar Wall Street e que não quis ou não pode regular os bancos de investimento, ou Ian McCarthy, CEO da Beazer Homes USA, que favoreceu a venda de habitações a quem a não podia pagar, tal como Angelo Mozilo, fundador da Countrywide Financial, considerado o rei do mercado de ‘sub-prime’, ou James Cayne, ex-CEO do Bear Sterns, Franklin Raines, ex-CEO do Fannie Mae, Richard Fuld, ex-CEO do Lehman Brothers, ou Joe Cassano, ex-chefe do departamento de produtos financeiros da AIG.
China-Singapura
Enquanto a crise paralisa a decisão de muitos agentes económicos a Ocidente, e os mais esclarecidos revêem as suas estratégias e avançam em novas direcções, Singapura vai dando o exemplo prosseguindo o alargamento sistemático da sua rede de relações económicas bilaterais, enquanto as negociações de Doha se desvanecem no marasmo.
A assinatura do Acordo de Livre Comércio entre Singapura e a China, que teve lugar, em Pequim, no passado dia 23 de Outubro, eliminará a partir de Janeiro de 2009 85% das taxas cobradas às exportações de Singapura, permitirá a empresas de saúde da cidade-Estado deterem 70% do capital de hospitais chineses e concederá liberdade de movimentos a empresários e profissionais de ambos os países. As exportações da China para Singapura passam a ser totalmente liberalizadas. Foi o primeiro acordo a ser celebrado entre a China e um país asiático.
Singapura não investe só em Pequim e Xangai. Em Tianjin constrói uma “eco-cidade”. Em Chengdu e Hangzhou apoia nomeadamente os sectores de logística, turismo, sistemas de informação, serviços financeiros, de saúde e de educação, para além da construção e gestão de centros comerciais. Xian será a próxima prioridade.As empresas portuguesas, ao estabelecerem as suas subsisdiárias em Singapura, poderão aceder aos benefícios do acordo assinado com a China.
Da China sopram bons ventos para quem sabe navegar.
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in Diário Digital
Sábado, 15 de Novembro de 2008 10:44

G20: França anuncia acordo para nova regulação mundial
Os dirigentes dos principais países industrializados e emergentes reunidos na cimeira do G20, em Washington, chegaram a um acordo para sustentar a economia, concretizar uma nova regulação internacional e reformar a governação mundial, disse hoje a presidência francesa.

Segundo o Eliseu, as decisões do G20 devem ser resumidas num comunicado de cinco páginas, que será divulgado hoje no final desta cimeira inédita que decorre desde sexta-feira em Washington com o objectivo de pôr cobro à pior crise financeira depois da Depressão de 1930.
A presidência francesa adiantou que será feito a 31 de Março de 2009 um primeiro balanço dos trabalhos a desenvolver a partir das decisões tomadas na cimeira.
De seguida, até 30 de Abril haverá lugar a um novo encontro do G20, não se conhecendo ainda em que local.
Segundo a presidência francesa, o texto que está a ser estudado na cimeira inclui «mensagens positivas de três ordens: sustentabilidade da economia, nova regulação internacional e reforma da governação mundial».

Wednesday, October 15, 2008

15-10-2009 Crise e Arte

Os galeristas dos EUA e da Europa não perdem oportunidades para promover as obras dos seus pintores no Oriente.
Quando uma sucessão de terramotos, com epicentro nos EUA, abalava o sistema financeiro mundial e ondas de choque se propagavam inexoravelmente pelas economias nacionais de Ocidente a Oriente, 110 galerias de arte reunidas na ArtSingapore, de 10 a 13 de Outubro, davam a conhecer uma amostra do melhor que se produz de arte contemporânea na Ásia, do Japão à Coreia do Sul, da China a Singapura, Tailândia, Vietname, Indonésia e Filipinas, à Índia. Uma evidente demonstração do vigoroso processo de desenvolvimento que atravessa a Ásia e do crescente poder económico das suas elites. Uma expressão do posicionamento cada vez mais proeminente da arte asiática no mundo global da arte.
Contrastando com a angústia que perpassa a Ocidente, galeristas e pintores exprimiram paz e confiança no futuro da Ásia e nas suas riquíssimas expressões artísticas enquanto interpretaram os episódios perturbadores a que se assiste nos dias que correm como dores de parto de um novo mundo. ArtSingapore foi esteticamente uma exposição de modernismos plurais, que dominantemente se afirmam como um contínuo histórico-artístico autónomo e distinto dos cânones euro-americanos, com temáticas que oscilam entre o local e o global, que comunicam energia e espiritualidade, tabus e sensualidade, e onde o experimentalismo tem livre curso.
A criação visual moderna também ela se libertou na China com a política de abertura de Deng Xiao Ping, a partir de 1979. Na Índia múltiplos movimentos se manifestaram de Nova Delhi a Bombaim, alastrando a uma miríade de cidades de menor dimensão.
A primeira exposição de arte contemporânea pan-asiática teve lugar em Nova Iorque, em 1996. Foi também nos anos 90 que o mercado de arte se veio a afirmar e a crescer nas principais cidades asiáticas.
Em 1999, um óleo do pintor indonésio do século XIX, Raden Saleh, foi adquirido em Singapura por um amante de arte local pela extraordinária quantia de 1,43 milhões de dólares americanos.
Nos últimos cinco anos a Índia viu florescer as transacções de arte, não mais à custa dos cidadãos indianos da diáspora mas, em larga medida, devido ao aumento do poder de compra da classe média. Os indianos residentes na Índia são responsáveis por 85% das aquisições. As transacções de arte indiana ultrapassam actualmente os 350 milhões de dólares.
O marketing e a promoção da arte asiática têm-se vindo a expandir de forma sustentada a nível mundial nas últimas décadas. A revista Arts of Ásia surgiu pela primeira vez em Hong Kong em 1971. AsianArtNews, que se publica na mesma cidade desde 1991, viu surgir a seu lado múltiplas concorrentes, desde Daruma Magazine dedicada à arte japonesa e publicada desde 1994, à Art Índia no seu décimo segundo ano de vida, à revista indiana Art & Deal em existência desde 2002. Art_Icle, dedicada à arte e cultura japonesa, pôs em Outubro nas bancas o seu 12º volume. Mais recentemente viu a luz da ribalta a revista Gallery, com origem na cidade chinesa de Guangzhou, que distribui actualmente 80.000 exemplares.
A arte asiática contemporânea está exuberante. Mercê, igualmente, de uma valorização crescente das condições de formação e de criação artística nas sociedades asiáticas donde emanam. Os ocidentais apreciam e usufruem deste gosto pela arte contemporânea da Ásia. Os galeristas dos EUA e da Europa não perdem oportunidades para promover as obras dos seus pintores no Oriente. Na ArtSingapore não faltaram, entre outros, os EUA, a França e a Espanha.
Apesar desta se realizar desde o ano 2000, Portugal, país com uma reconhecida plétora de artistas plásticos, nunca esteve presente. Há sempre uma primeira vez. Será 2009?

Wednesday, October 1, 2008

01-10-2008 Equilibrar

O abandono da Ásia por parte da Europa, aquando da crise financeira sofrida em 1997, deixou um amargo de boca aos líderes asiáticos. Anos continuam a ser perdidos.
A crise financeira, emanação de graves falhas de regulação no sistema financeiro americano, tornou-se verdadeiramente global.
Se causa perplexidade o facto das instituições relevantes dos EUA não terem prevenido a tempo este colapso, não é motivo para menos preocupação a incapacidade da Europa para antecipar consequências e para agir proactivamente a nível político e financeiro na cena internacional.
A Europa, a quem falta a necessária coesão na acção, continua a afirmar-se como dependente das forças e fraquezas americanas.
Num novo contexto histórico, que vai assistindo ao fim do domínio que o Ocidente disfrutou durante os últimos duzentos anos(1), é mais do que tempo para a Europa, reafirmando a aliança atlântica, assumir uma forte liderança (2) no concerto das nações. Em vez de se remeter a uma posição digna e honrosa mas de mero aconselhamento e de ‘lobbyist’, a Europa tem hoje uma oportunidade para tomar a iniciativa a nível diplomático, económico e financeiro, como também, ao nível da política de segurança global, e para estabelecer relações privilegiadas com a Ásia. A Ásia beneficiaria desta Europa mais autodeterminada na construção de um mundo multipolar mais equilibrado.
A Ásia deverá poder contar com uma Europa não concentrada apenas nos seus interesses imediatos mas que esteja deveras empenhada no desenvolvimento da China, da Índia, do Sudeste Asiático, dos países asiáticos em geral, sem estar constantemente à procura dos aspectos negativos ou menos positivos desse processo.
A Ásia precisa de ser assumida como um parceiro da Europa. A mentalidade colonial não tem mais lugar nas relações entre a Europa e a Ásia e esta não precisa que lhe dêem lições. Mas espera que com ela cooperem.
A Europa ganharia em desenvolver alianças activas com os países amigos da região. Uma aproximação que cada um dos países europeus pode ajudar a fermentar, Portugal incluído.
Muitos milhares de empresas europeias estabeleceram-se na Ásia. Mas as relações institucionais entre a União Europeia, a China, a Índia, Singapura ou a ASEAN têm progredido muito lentamente. São ainda magros os progressos alcançados ao nível do Asia Europe Summit Meeting (ASEM), criado em 1996.
O abandono da Àsia por parte da Europa, aquando da crise financeira sofrida em 1997, deixou um amargo de boca aos líderes asiáticos. Anos continuam a ser perdidos para a aproximação institucional e para a celebração de acordos de cooperação económica ou de livre comércio. Os países asiáticos deveriam ser prioritários para a política externa da Europa. E não apenas o Japão. E as suas preocupações deviam merecer a maior atenção.
É do melhor interesse da Europa e da Ásia, onde vive a maior parte da população islâmica do mundo, apoiar o desenvolvimento efectivo do Estado Palestiniano, a par do respeito pelo Estado de Israel, integrar e apoiar o desenvolvimento das comunidades islâmicas e ter em consideração os seus sentimentos. Uma forma de evitar a humilhação e de prevenir o alastramento do ódio que é o caldo do terrorismo. Ódio e pobreza são a mistura mais explosiva do século XXI.
A Ásia é um continente geograficamente distante da Europa. E, por isso, os europeus corrrem o risco de instintivamente colocarem os que estão longe da vista, longe do coração. Mas a Ásia tornou-se um continente com economias cada vez mais poderosas, povos confiantes no seu futuro, admirados pelo seu profissionalismo, o seu método, a sua organização, a sua paixão pela perfeição. Que esperam o respeito e o reconhecimento por parte dos países ocidentais. Que esperam uma redistribuição justa e equilibrada na partilha do poder nas instituições que gerem os assuntos globais.
A Ásia espera uma nova atitude da Europa, uma visão do século XXI
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1)
Estados Unidos preparam-se para o declínio
in Público, 22.11.2008, Francisca Gorjão Henriques

Relatório especial da espionagem norte-americana prevê uma transferência sem precedentes de riqueza do Ocidente para o Oriente
Os Estados Unidos em declínio. A China e a Índia mais poderosas. Falta de alimentos. Falta de água. Muitas armas. Será assim o mundo em 2025.
Estas são algumas das conclusões de um relatório do National Intelligence Council, um think tank dos serviços de informação norte-americanos.
A cada cinco anos, especialistas de várias áreas são ouvidos para encontrar as tendências globais do futuro.
O relatório Global Trends 2025: A Transformed World é mais pessimista que os anteriores, sobretudo quanto ao papel dos EUA na cena internacional. Mas não chega a ser fatalista. Tudo dependerá das respostas dos líderes às crises que vão encontrar.
O documento foi precisamente preparado para estar em cima da mesa da Sala Oval a 20 de Janeiro, quando Barack Obama tomar posse como Presidente.E os cenários não são traçados a cor-de-rosa.
Não é que os EUA deixem de ser a grande potência mundial. Mas a dispersão de autoridade, que tem sido já uma tendência nas últimas duas décadas, irá aumentar. "Os BRIC [Brasil, Rússia, Índia e China] não deverão desafiar o sistema internacional como fizeram a Alemanha e o Japão nos séculos XIX e XX, mas, devido à sua ascensão geopolítica e económica, terão um maior grau de liberdade para adoptar as suas medidas políticas e económicas em vez de integrar totalmente as normas internacionais", lê-se. E mesmo no campo militar, "em que os EUA continuarão a possuir vantagens consideráveis em 2025, os avanços feitos por outros na ciência e tecnologia, adopção de tácticas bélicas irregulares por estados e actores não estatais, irão limitar a liberdade de acção dos EUA".O relatório também refere que a emergência de sistemas multipolares torna o mundo mais instável do que com um sistema uni ou bipolar. Os riscos advêm da concorrência no comércio, investimentos e inovação tecnológica, embora não se possa excluir um cenário como o do século XIX de corrida ao armamento, expansão territorial e rivalidades militares.
Não é que vá estar em total colapso, mas daqui a quinze anos, "o sistema internacional, tal como foi construído na sequência da II Guerra Mundial, será praticamente irreconhecível". Isto por causa da emergência de novas potências, de uma economia globalizada, uma transferência histórica de alguma riqueza e poder económico do Ocidente para Oriente e da crescente influência dos actores não estatais.
(...)
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2) FINALMENTE A EUROPA FOI CAPAZ DE ENSAIAR A LIDERANÇA
Reunião do G20 em Washington
Luis Rego em Bruxelas, DIÁRIO ECONÓMICO 2008-11-17 00:05
Começou a reforma da economia mundial
G20 determinou o que mudar e os prazos. Agora falta concretizar.
.
Os Estados Unidos e as mais ricas e promissoras economias mundiais adoptaram, grosso modo, o plano europeu de reforma do sistema financeiro internacional acordado em Bruxelas, incluindo um calendário para apertar a regulação no sector e reformar as instituições de Bretton Woods, o FMI e o Banco Mundial.
Os receios de excesso de regulação por parte da administração americana foram serenados com uma declaração de apoio à economia capitalista de mercado que, diz a Casa Branca, impediu o “assalto ao capitalismo”.Os ministros das Finanças dos 20 países reunidos emWashington foram mandatados para concretizar propostas a tempo da próxima reunião, no dia 30 de Abril, desta feita em Londres, 101 dias depois de Barack Obama tomar posse como presidente dos EUA.
Dando uma nova dinâmica ao processo, o ex-senador de Illinois pode ditar no futuro próximo o êxito ou fracasso da reunião deste fim-de-semana.
Nicolas Sarkozy, actual presidente da UE, cantou vitória no sábado dizendo “tudo ou quase tudo”o que a UE propôs foi aceite. “As agências de notação serão registadas e supervisionadas, os bancos que tenham uma política de remuneração exagerada verão o seu ‘rating’ diminuído, teremos novas regras de contabilidade e acabámos coma concorrência entre praças financeiras, sob pretexto de que umas são menos supervisionadas do que outras”, explicou Sarkozy. Além disso, sobre os paraísos fiscais, ou os centros não cooperativos, “há uma obrigação de os bancos declararem tudo o que lá têm, e estes passaram a ser controlados”, explicou. “Todos os mercados financeiros, produtos e participantes serão regulados ou sujeitos a supervisão” diz o comunicado final.
“Não haverá mais pontos cegos [no sistema financeiro]”, resume a chanceler alemã, Angela Merkel.
É “histórico que aqui nos EUA a administração norte-americana aceite fazer um movimento [relativo ao mercado] que sempre recusou, fosse com democratas ou republicanos”, disse Sarkozy.
Revelou-se audaz a estratégia europeia de fazer esta cimeira durante a transição na Casa Branca, em que a administração Bush está fragilizada e Obama carrega baterias na sua sombra. Resta saber se o próximo presidente subscreve este plano.
Bush disse aos parceiros que tinha Obama bem informado e que tinha zelado pelos interesses americanos. “Quaisquer reformas que sejam recomendadas, precisamos de ser conduzidos por um facto simples: a melhor forma de resolver os nossos problemas é através do crescimento económico. E a forma mais segura para o crescimento é o capitalismo de mercado”, disse George W. Bush.
A parte mais prática da declaração defende que, “nos próximos 12 meses, vamos coibir-nos de erguer novas barreiras ao investimento ou comércio em bens e serviços, impondo restrições às exportações ou medidas inconsistentes com a OMC”.
Se o êxito das conclusões está sujeita à sua execução, a reunião já foi uma vitória para os líderes das economias emergentes que celebraram a presença no novo fórum mundial e viram a porta aberta a que os novos Fórum de Estabilidade Financeira, FMI e Banco Mundial reflictam o novo equilíbrio de forças mundial.
Hu Jintao, o presidente chinês, apelou a que isto seja o princípio de uma “nova ordem financeira internacional mais justa, inclusiva e ordeira”. “Estamos num mundo novo”, afirmou Sarkozy, “não é menos para os EUA, é mais para os outros”, concluiu.